Todos nós, pelos bancos escolares, no bairro, no
trabalho, em diversos grupos, já tivemos a chance de presenciar a colocação de
apelidos desqualificadores, a desmoralização em brincadeiras nem sempre de bom
gosto, agressões gratuitas, rejeições desmotivadas.
Muito recentemente pudemos nos estarrecer diante da
barbárie de Realengo, que nos colocou diante da constatação de que, apesar do
nome, bullying é algo que acontece aqui no Brasil também.
Por isso é primordial refletirmos sobre os limites entre
a brincadeira e a agressão propriamente dita, que existe nas brincadeiras na
escola, seja ela entre os pares, dos alunos para com os professores e
vice-versa.
Com este pensamento, nós da ARTECORPO Teatro e Cia ,
criamos três cenas mediadas por uma conversa, que é também parte da história e
funciona como o elo entre as cenas e propõe a reflexão final.
A primeira cena aborda a busca da identidade e do autoconhecimento, a partir das três visões do eu (por mim, pelos outros e a essência), permitindo o diálogo sobre
auto-estima e autoconfiança.
A segunda aborda a ruptura do silêncio e o fim das
agressões de maneira brusca, permitindo uma discussão sobre as formas mais
apropriadas de por fim à situação e a busca de ajuda.
A terceira e última conta a história de um menino
bonitão, que vai se mutilando e deformando para ser aceito pelo grupo.
Todas as cenas contam com uma personagem que é a
especialista, que dialoga com os outros personagens e com a platéia, tendo como
função principal a facilitação da participação do público de forma mais
descontraída.
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